24/04/2011

Minha Vida na Outra Vida

Esse filme assisti nesta semana, é interessante pela abordagem, o que questiono não é se acredito ou se deixo de acreditar, mas é me abrir as infinitas possibilidades que a vida propõe, somos tão pequenos diante  desse mistério, que o mínimo que temos a fazer é silenciar, abrir nosso horizonte, olhar com amplitude o que não conhecemos e antes de tudo respeitar.
A história é linda  e o que me chama a atenção é justamente o respeito que os envolvidos tem pela situação que os envolvem, e o fato de se permitirem viver esse desconhecido, a abrangência benévola que acontece em suas vidas e na dos outros. Muito bom! Assistam!


Sinopse

Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.

Informações Técnicas
Título no Brasil: Minha Vida na Outra Vida
Título Original: Yesterday's Children
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 93 minutos
Ano de Lançamento: 2000
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Versátil Home Vídeo
Direção: Marcus Cole


20/04/2011

Desapego

"Amigo, diz-me por favor o que posso fazer com este mundo a que me apego e do qual tento sempre me libertar!
Desisti das roupas costuradas e vesti um chambre, mas um dia percebi que a roupa estava bem tecida.
Então comprei aniagem, mas ainda a atirei com elegância sobre o ombro esquerdo.
Reprimi meus desejos sexuais e agora descubro que estou deveras irado.
Renunciei à raiva e agora percebo que passo o dia cobiçando.
Labutei muito para dissolver a cobiça e agora estou orgulhoso de mim.
Quando a mente quer quebrar sua ligação com o mundo, ainda se apega a alguma coisa.
Kabir diz: Ouve, meu amigo, são muito poucos os que encontram o caminho!"


A existência nos traz luz através do aprendizado. De apego em apego o ser sofre, aprende e expande. Sem tal atrito não há evolução possível...


 
Somos apegados sem termos muita consciência e clareza ao que somos apegados, são muitas as formas de apegos a que nos sucumbimos: a  matéria, as pessoas, as emoções e sentimentos, enfim, circunstâncias externas que nos envolvem e que inutilmente tentamos possuir, controlar ou não perder. E nada como a própria vida no seu movimento e complexidade para nos ensinar. 

Aprender é estar atento, é observar nossas ações e atitudes no dia a dia, reconhecer nossos erros e acolhê-los para transformá-los. Para nos libertarmos do apego é necessário compreender que somos seres de luz, que a consciência divina é inerente ao nosso ser. É preciso descobrir nossa face luminosa através da luz compassiva do amor, para aprendermos com sabedoria a lidar com as questões do nosso cotidiano, com consciência e perseverança, num exercício diário de observação e transformação.

14/04/2011

Os 4 Elementos


Os quatro elementos são uma construção familiar. Pouco sabemos da sua história, da sua composição química ou dos seus devaneios (como diria Bachelard) que inspiraram a artistas, filósofos e cientistas, mas Água, Ar, Terra e Fogo são velhos companheiros. Os quatro elementos integram o nosso imaginário, atravessam as nossas percepções mais diversas. Desde Empédocles e Aristóteles que estruturam as nossas tentativas de explicação da natureza.

Hoje, segundo Jean Baudrillard, falar de ecologia é verificar a morte e abstração total da natureza. Por toda a parte “o direito a” subscreve “o definhamento de”. O grande referente Natureza morreu e o que o substitui é o “ambiente” e uma manipulação do ambiente. O que são a “natureza” ou o “ambiente”? A projeção de um modelo social, sempre. Vejamos, o sol “já nada tem a ver com a função simbólica coletiva que tinha(...). Já não tem aquela ambivalência duma força natural – vida e morte, benfeitor e assassino - que tinha nos cultos primitivos ou ainda no trabalho rural.” O sol é agora um sol de férias, oposto ao não-sol (chuva, frio, mau tempo). E a terra, o ar e a água deixaram de ser simples forças produtivas tornaram-se bens raros e entraram no campo do valor da economia política, pelo que a necessidade do controle social dos “elementos”, muitas vezes sob o signo da proteção do ambiente, se reflete também nas imagens que hoje criamos.

Um exercício simples de associações livres aos quatro elementos poderá resultar em respostas tão dispares como “signos do zodíaco”, “tabela periódica” ou “linha de perfumes da Hugo Boss”. O Ar pode ser associado ao céu, às nuvens e ao vento ou a sentimentos de liberdade ou de vazio. Se uma criança pensar em Água pode lembrar-se mais rapidamente de piscinas que do mar, uma parte dos habitantes da Terra pensarão em sede e chuva, outros em serenidade e vida. A Terra tanto significa sementes a desabrochar e abundância, como pó, mãos e pés sujos. O cheiro da terra molhada convive na imagética humana com histórias de reformas agrárias . E o fogo “arde sem se ver”, é paixão, ou é guerra e medo, calamidade natural, incêndio. As chamas destroem ou purificam.

Cada um dos elementos pode encarnar o que simboliza. Ou seja, o Fogo não representar apenas alguma coisa mas ser ele próprio a coisa simbolizada: Deus, paixão, guerra, pureza, o humano. Para Levi Strauss o pensamento mítico é concreto, um pensamento onde as imagens são coisas e onde as coisas são idéias, “onde as palavras dão existência ou morte às coisas”.

Cada um dos elementos pode remeter a um conceito, ou seja, para um juízo ou raciocínio que estabelece uma diferença entre as nossas vivências subjetivas e a estrutura objetiva do que é analisado.

Hoje sabemos que o pensamento mítico, que pertence ao campo do pensamento simbólico e da linguagem simbólica, coexiste com o pensamento e a linguagem conceituais. Na verdade, a imaginação social transformará em mito aquilo que o pensamento conceitual elabora nas ciências e na filosofia. A percepção e a simbolização da natureza(ou do ambiente) e seus elementos é embebida pelos ritmos acelerados da modernização. Em cada instante e lugar, as comunidades filtram uma visão, que funde passado presente e futuro (isto é, sonho). Pensar os quatro elementos hoje, significa pois, ainda, pensar o homem.
Ar, Água, Terra e Fogo são sensações, afetos, raízes, experiências estéticas, paradigmas científicos, memória cultural, modelos sociais, estruturas econômicas, ideologias, que se fundem em múltiplas percepções e imagens, ou que produzem, por “deformação” das imagens iniciais, algo que suplanta todas as realidades, o imaginário.

Para compreender as ameaças à biosfera, é fundamental que as ciências sociais estudem esse imaginário. Ele está na gênese das crenças, atitudes e comportamentos dos seres humanos face ao Meio Físico. Ele condiciona o olhar e a ação das/nas sociedades face às questões ambientais.

Maria R. Girardier

06/04/2011

Recuperação de Livros

"Um país se faz com homens e livros" (Monteiro Lobato)

"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros" (Bill Gates) 

Desde que cheguei em Brasília vi divulgado uma Oficina de Recuperação de Livros que acontece na Biblioteca Pública de Taguatinga, e este ano antes de ir embora fui fazer a oficina.
É um encantamento trabalhar com livros e saber cuidá-los é muito bom. Minha paixão por livros é grande e tenho por eles quase que uma obsessão, mas boa claro. Adoro tê-los ao meu lado, caminhar pela minha casa e me deparar a todo momento com eles. Na verdade são companhias e enriquecem meu infinito particular.

E agora para complementar estou fazendo a Oficina de Encadernação, é muito bom e gostoso a realização desse trabalho, uma produção artesanal e que oferece infinitas possibilidades de criação.

Mas agora quero falar um pouco da Biblioteca Pública de Taguatinga,  fiquei encantada, apesar das dificuldades que enfrenta, como todo serviço público no Brasil, funciona com muita organização, e o melhor é muito frequentada, bem cuidada e oferece atividades como oficinas durante o ano. Para conhecer mais acesse o blog    http://www.bibliotecadetaguatinga.blogspot.com/

Ana Maria

01/04/2011

Mandala Geométrica


A mandala geométrica é uma meditação. Existem várias formas de meditação e não existe um modelo certo ou errado de praticá-la. Para meditar, precisamos encontrar um modo com o qual nos identifiquemos. O ato de meditar é o momento em que silenciamos a mente, entramos em contato com nosso eu interior e, com a continuidade, vislumbramos a consciência genérica e universal que permeia o universo, o que pode propiciar a superação da dualidade sujeito-objeto, objeto de constante preocupação e estudo de filósofos, intelectuais de toda ordem e místicos. Na construção da mandala geométrica, esse espaço silencioso e pleno de possibilidades nos é aberto. À meditação, acrescentamos as cores, as formas e os símbolos.

A mandala geométrica é uma ferramenta no processo do autoconhecimento. Trabalhar em forma circular é ordenar opostos. Quando você cria mandalas, na verdade você está expressando conteúdos que lhe são próprios e, ao ordená-los, você está se configurando, ou seja, criando uma ordenação interna. Ao construir, você permite o afloramento das qualidades e aptidões que estão adormecidas ou esquecidas dentro de você. Através dos desenhos, você vai descobrindo os reais motivos de seus bloqueios, de seus medos e de suas dores. Isso aflora com a observação: não é necessário se preocupar, pois a intuição e seu corpo serão as antenas que lhe indicarão esses caminhos, assim como trará motivação e orientação para superar as dificuldades com o auxílio do inconsciente e suas manifestações. Desenhar mandalas geométricas desenvolve algumas características pessoais como: paciência, concentração, tolerância e compaixão, elementos fundamentais na sua elaboração e no desenvolvimento do autoconhecimento.

Para essa construção, crie um ambiente próprio, onde tenha privacidade e não seja interrompido. Este espaço é necessário para que possa desenvolver uma escuta, silenciar a mente e se abrir às sensações de seu corpo. Se quiser, pode colocar música suave, acender um incenso, ou criar um ritual, mas isso só se revela necessário se você sentir vontade ou, então, poderá apenas se recolher a um espaço onde tenha privacidade. Essa mandala pode ser feita em várias etapas, pois, algumas vezes, você não conseguirá executá-la num só dia ou em poucas horas. Faça-a por partes: primeiro desenhe e depois vá pintando, mas sempre reservando tempo e privacidade no fazer.


Ana Maria
No mês de Abril estarei agendando as Oficinas de Mandala Geométrica , será o último mês de atividades em Brasília, para aqueles que tiverem interesse em fazer, entrar em contato por telefone ou e-mail.

(61) 3347 1147 - 8442 3482 - Ana Maria
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